Abrindo as pétalas para a vida, ela bate as pálpebras
para viver mais um dia, ela é só pensamentos.
Os seus olhos buscando as cores,
caminha por entre as palmeiras e carnaúbas, e outras flores
que sem sair do lugar, se entregam aos ventos.
A flor, displicente desfila, enquanto a sua alma arrogante finge
cegueira para nele não pousar, ela tem medo, desdenha;
É tudo sem gosto nas asas que voam em sua direção,
o medo daquele brilho, impede a flor que segue indiferente,
Desviando-se toma seu percurso silencioso,
quebrado por aquele canto gostoso... Não é imaginação.

Sabendo que ele lhe segue com o olhar.

Queria ela passar por ele, despercebida. Impossível para ele que diz;
- Esperando a minha flor passar, para o meu dia começar.
Ele diz e lhe sorri. Ela não corresponde, se distancia, ele acena
discreto... - Ela finge que não gosta, mas por dentro, também sorri,
Uma alegria, esconde dentro de si. É assim todas as manhãs,
eles se necessitam; O pássaro apaixonado e a sua flor,
Cumprimentam-se com graça e com carinho, se gostam,
mas não pronunciam uma palavra de amor.