ÁGUAS SOBRE MIM
Como gosto de águas, paradas, frias, mornas, em movimento e bem quentes, num gostoso chá da tarde. Que delícia, sentir o peso cadenciado das águas batendo nas costas, numa clara cachoeira. Brincadeiras numa grande piscina, como é bom, um banho nas águas doces e transparentes de rios limpos.
Sou mar, profunda, imprevisível, meu suor é espuma de sal, ora sou marola, ora tensas vagas, nunca controlável. Os mergulhos em alto mar, o encontro inusitado e ao mesmo tempo ansiado com peixes e com sorte golfinhos.
E andar na chuva, molhar corpo e alma de alegria, que especial sensação. Tudo tão natural, cheias vivas de liberdade. Pular pocinhas, sair da linha, virar criança, criar uma dança de índio, cantar chamando chuva, celebrar a vida.
Só que nada disso tem valor, se você não está aqui, mas, você não suportou, minhas garoas e tempestades, não foi possível lidar com toda a minha imprevisibilidade, não conseguiu concorrer com meus mergulhos de liberdade.
Agora me resta a água salgada, caíndo de forma torrencial, dos meus olhos abissais. Lágrimas que fazem eco nas cavernas alagadas do meu ser, em profunda solidão.
Como gosto de águas, paradas, frias, mornas, em movimento e bem quentes, num gostoso chá da tarde. Que delícia, sentir o peso cadenciado das águas batendo nas costas, numa clara cachoeira. Brincadeiras numa grande piscina, como é bom, um banho nas águas doces e transparentes de rios limpos.
Sou mar, profunda, imprevisível, meu suor é espuma de sal, ora sou marola, ora tensas vagas, nunca controlável. Os mergulhos em alto mar, o encontro inusitado e ao mesmo tempo ansiado com peixes e com sorte golfinhos.
E andar na chuva, molhar corpo e alma de alegria, que especial sensação. Tudo tão natural, cheias vivas de liberdade. Pular pocinhas, sair da linha, virar criança, criar uma dança de índio, cantar chamando chuva, celebrar a vida.
Só que nada disso tem valor, se você não está aqui, mas, você não suportou, minhas garoas e tempestades, não foi possível lidar com toda a minha imprevisibilidade, não conseguiu concorrer com meus mergulhos de liberdade.
Agora me resta a água salgada, caíndo de forma torrencial, dos meus olhos abissais. Lágrimas que fazem eco nas cavernas alagadas do meu ser, em profunda solidão.