VISÕES INCURÁVEIS
Quantas vezes os sonhos saem de nós e fogem pela noite buscando se realizar, como se pudessem encontrar por aí a resposta aos seus desejos. Sonhos são fantasias desenhadas pela alma. O desejo de vê-los reais é tão grande que se fazem quase palpáveis. Criamos a expectativa de serem reais e tanto pensamos...tanto desejamos que quase os tocamos.
Vestimos estes desejos com roupas da realidade e não o são. As vestes são frágeis e tão transparentes que podemos ver os corpos nus vagando, dançando e às vezes, parando em algum local no qual se prendem. São as ilusões que brilham como neons e de tal beleza que nossos desejos param estáticos e são fatalmente atraídos por elas. Pobres desejos nossos! Infantis, enganam-se facilmente e deixam-se levar pelas palavras doces e superficiais das ilusões, matreiras, espertas, vadias em sua beleza quase irresistível.
Cair em suas malhas e ficar presos nelas! Parece que os desejos sentem prazer mórbido de viverem nestas prisões de paredes frias...Mas as ilusões são tão ladinas que nos abraçam com braços quentes... aconchegantes...tem lábios macios... corpo perfumado e...pobres desejos nossos que mergulham nelas profundamente...amam-nas...apaixonam-se! Que armadilha perversa...deliciosamente perversa... As cicatrizes que deixam são de queimaduras profundas. Mas, tudo passa, dizemos! Sofisma nos leva a crer que as marcas se apagam...
Mentira! Marcas são costuras e todo remendo é visível. Ficam ali se expondo como a nos lembrar que já verteram sangue e que lágrimas foram derramadas pela nossa alma. Pobre alma! Chora tanto! Parece que tem um incrível manancial de líquido salgado para desperdiçar pelas nossas faces. Sonhos! Onde meus sonhos?
Cair em suas malhas e ficar presos nelas! Parece que os desejos sentem prazer mórbido de viverem nestas prisões de paredes frias...Mas as ilusões são tão ladinas que nos abraçam com braços quentes... aconchegantes...tem lábios macios... corpo perfumado e...pobres desejos nossos que mergulham nelas profundamente...amam-nas...apaixonam-se! Que armadilha perversa...deliciosamente perversa... As cicatrizes que deixam são de queimaduras profundas. Mas, tudo passa, dizemos! Sofisma nos leva a crer que as marcas se apagam...
Mentira! Marcas são costuras e todo remendo é visível. Ficam ali se expondo como a nos lembrar que já verteram sangue e que lágrimas foram derramadas pela nossa alma. Pobre alma! Chora tanto! Parece que tem um incrível manancial de líquido salgado para desperdiçar pelas nossas faces. Sonhos! Onde meus sonhos?
Sonhei teus sonhos,
mas deixei morrerem os meus!
Não percebi que, enquanto sorrias,
meu sorriso morria,
junto aos enleios que abandonei.
Tantos sonhos teus sonhei,
cheguei a pensar que os tive!
Nesta mistura,de posse, de entrega,
De renúncia cega,
que vivi,
Não sei mais o que perdi:
Se minha inspiração
que me fez poeta
ou a ilusão
do meu amor por ti!
NaJet Cury, Agosto de 2015
Editado em 12/01/2018
mas deixei morrerem os meus!
Não percebi que, enquanto sorrias,
meu sorriso morria,
junto aos enleios que abandonei.
Tantos sonhos teus sonhei,
cheguei a pensar que os tive!
Nesta mistura,de posse, de entrega,
De renúncia cega,
que vivi,
Não sei mais o que perdi:
Se minha inspiração
que me fez poeta
ou a ilusão
do meu amor por ti!
NaJet Cury, Agosto de 2015
Editado em 12/01/2018