O Novelo da Vida
A reta da vida,
ainda que cheia de meandros, desvios, rios, ingazeiros e novelos, impõe que mais cedo ou mais tarde,
o caminheiro tomar-lhe há.
Bolacha, manteiga de garrafa, leite direto dos ubres dos bovinos, café cremoso, pães caseiros sovados, geleias.
O entardecer, pede chá.
Sol enviesado,
tarde que esvai-se.
Noite que chega,
O jantar não vai tardar.
Durmam em paz anfitriões,
Que a lua/estrela,
Vai lhes brindar.
Clarão, vicejo, amor andejo,
Em casa, na relva, nos montes,
À beira mar.
Amanheceu.
Siga sua jornada, pois um dia é nada,
se não sair do lugar,
Menor será, se não ousar.
Todos os caminhos ou cotovelos,
seguem as retas dos novelos,
e vão dar no mesmo lugar.
Finda-se assim, mais uma reta, no emaranhado novelo;
Ou, mais um novelo desfeito, na longa reta.
Pois, um caminho é transpiração.
O outro respiração; e ambos se completam,
naquilo que os viventes chamam de querida,
as sofridas veredas da VIDA.
Ocorrências
Já fui vento, hoje sou flor.
Já fui flor, hoje sou polinizador.
Já fui polinizador, hoje semeio as sementes.
Ja fui sementes, hoje sou árvore.
Já fui árvore, hoje espalho os frutos.
Já espalhei os frutos, hoje divido a abundância.
E agora?
Mantenho-me dividindo abundância,
pois só pode dividir-se em fração,
quem tem AMOR no coração.
Palavras do oráculo,
escritas na bandeira que tremula no pináculo.