O POETA
Brincando com palavras,
se libertando das amarras,
seu coração se escancara,
bate forte e dispara.
Mesmo na dor, cuidando de suas
próprias escaras,
sempre tem uma palavra que
outros corações ampara.
Feridas doloridas, causadas por
relações falidas,
amores não correspondidos,
vontades suprimidas,
como um parto
nunca concebido.
Saudades doídas,
das brigas doloridas,
lembranças que machucam.
Escrever, lhe acalma a alma,
verbos,adjetivos,consoantes,
palavras mesmo que dissonantes,
discordantes do que realmente sente
essa pessoa errante.
Que se acha muitas vezes
apenas mais um ignorante, ao tentar
flertar de maneira
cativante, algo que lhe seja tocante,
que levante seu semblante.
Um viajante ambulante,
mercador de palavrase sonhos,levando na bagagem,
seus amores desconcertantes,histórias
de um passado não muito distante.
Tentando em seus escritos,
ser elegante,disfarçando a dor
dilacerante, que carrega em seu peito
arfante.....
ECC