2018

Em breve o relógio parará para o ano de 2017. Será o seu fim. Bom ou mau, dependendo da retrospectiva de cada um. É fato.

Um 2018 iniciará no primeiro segundo passado da vigésima quarta hora. Rojões o anunciarão. Será noite ainda mas ele resplandecerá como luz no fim do túnel. É salvador.

O rito de passagem é um misto de euforia e melancolia. O barulho é externo e interno, sendo no exterior, coletivo, em fogos de artifício, músicas em volume alto e gritos desejosos; no interior, individual, em batidas do coração, tagarelice da mente. É ensurdecedor.

A ficção do ano novo é cultural e saudável, na medida da sua necessidade para servir de incentivo à vontade de viver, de gerar ânimo novo. É animadora.

O silêncio não é bem vindo nesta festa. É momento de ser feliz, de comemorar, pois a novidade está no virar do relógio, na roupa nova, na comida, nas gargalhadas. Silêncio é triste. É desolador.

Ficar de olhos bem aberto para ver a alegria das pessoas, os fogos, os figurinos, o voar da rolha. É maravilhoso.

Mas o silêncio e os olhos fechados não tirarão a alegria da festa. A serenidade deixará ver que é tudo simplesmente uma festa. A reflexão mostrará que a novidade vem dentro para fora. Não importa se a roupa é nova se a roupagem da personalidade é velha. O ano novo será só um movimento de ponteiros se a mudança não ocorrer na forma de pensar e de agir. É premente.

Desejo a todos uma nova forma de pensar e agir em 2018.

Rinaldo Saracco
Enviado por Rinaldo Saracco em 31/12/2017
Código do texto: T6213617
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