CANTO DO SERTÃO
A beira daquele regato
Tem o percurso orlado,
De pequenas e coloridas flores,
De rara beleza e olor!
Quando o dia se encerra,
Hora do crepúsculo,
Mil seres minúsculos
Buscando o abrigo na serra,
No meio de plantas ou terra,
Refugiando-se em redutos!
Faz-se silêncio nas matas!
Só se ouve a pequena cascata,
Cantarolando em voz cristalina!
Nem pássaros, nem borboletas!
Voam pirilampos
de verdes lanternas
no meio da noite
Fingindo-se estrelas!
Que hora doce e bela!
O trovador busca a janela,
De sua amada. No balcão,
Debruça-se aquela,
Rival da lua deslumbrada,
Que deita seus raios na balaustrada.
E ela ouve, de seu amado, a canção!
Joga-lhe um beijo apaixonado,
E ele se vai, feliz, pelo estradão!
Somente se vê a casa dela,
Bem perto do regato,
de entorno perfumado,
Ao pé da serra!
Tendo a lua como sentinela,
O trovador se vai!
Só a cascata murmura
Uma canção de ninar p'ra ela!
Najet Cury, Fevereiro de 2010.
Editado em 19/12/2017.
A beira daquele regato
Tem o percurso orlado,
De pequenas e coloridas flores,
De rara beleza e olor!
Quando o dia se encerra,
Hora do crepúsculo,
Mil seres minúsculos
Buscando o abrigo na serra,
No meio de plantas ou terra,
Refugiando-se em redutos!
Faz-se silêncio nas matas!
Só se ouve a pequena cascata,
Cantarolando em voz cristalina!
Nem pássaros, nem borboletas!
Voam pirilampos
de verdes lanternas
no meio da noite
Fingindo-se estrelas!
Que hora doce e bela!
O trovador busca a janela,
De sua amada. No balcão,
Debruça-se aquela,
Rival da lua deslumbrada,
Que deita seus raios na balaustrada.
E ela ouve, de seu amado, a canção!
Joga-lhe um beijo apaixonado,
E ele se vai, feliz, pelo estradão!
Somente se vê a casa dela,
Bem perto do regato,
de entorno perfumado,
Ao pé da serra!
Tendo a lua como sentinela,
O trovador se vai!
Só a cascata murmura
Uma canção de ninar p'ra ela!
Najet Cury, Fevereiro de 2010.
Editado em 19/12/2017.