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MANHÃ RAIADA
 A manhã raiou...
mais uma vez,  eu acordada!
Quem roubou meu sono?
Quem  quis impedir meu sonho?
Que faço, se nele te vejo
antes  da noite adormecer?
Apertam-me, o peito, garras...
Parecem fortes amarras
de um desejo que não se fez.
Louco... atrevido ... ousado,
este ladrão da noite, apressado,
esconde-se ao sol nascer.
Enquanto as horas se arrastam,
busco marcas, talvez esquecidas,
de quem entrou na surdina...
quietos e invisíveis passos...
Não percebi! Ando tão distraída!
Outra vez, a manhã raiou...
mais uma noite finda...
Um vazio de nada!
Quem durante a noite
de mim te roubou?
Porque não chegaste  mais cedo
No silêncio, antes da madrugada?
-.-.-.-.-
Ah...estas garras afiadas...
Rasgando-me o peito!
A manhã raiou...
e eu  aqui...
pensando em ti...
nesta fria manhã apagada!
Uma saudade que não tem jeito!

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najet, set. de 2017 
-.-.-..-

Presença de JAMES ASSAF - 03/ 10/ 17
(Como lhe sou grata pela visita e pela interação deixada, caríssimo James!)


Proust mostra um paradoxo em seu pensamento: "Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?" 
-.-.-.-.-.
Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 27/09/2017
Reeditado em 03/10/2017
Código do texto: T6125980
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