mar...
Sabe quando você está em alto mar e a saudade arde os olhos de sal... e o mar balança a gente como se estivesse ninando. Eu me desequilibrava e o braço teu segurava a ponte dum coração aquecido das cantigas nos negreiros navios..e o mar exala aquele cheiro e a névoa que nos envolve numa brancura de quem lava roupa no rio...e cobre o corpo frágil feito um casulo e a gente se olha fundo como se fosse fosforescência de plâncton, cintilação silenciosa. Atravessando continentes... vozes de lá. Vontade é de, quando outrora, correr criança, pros braços desse velho, mar!
Alessandra Espinola