nuvem... pensamento.
É nuvem nômade. Casa cigana. Congado no quengo da gente. E vem na cabeça como quase uma dor. Um quasímodo. Um estouro. Uma seta que parte sem parar. Um estrondo sutil. Um raio de sol bem meio da sombra . Um pensamento vagando pelas ruas, avenidas, becos. Uma emoção. Um sentimento. Um caco. Um pedaço de réptil. Um lagarto correndo na pedra quente. Abelha que pólen aqui e aí. Pulveriza. Pluraliza. Um estrondo de sol bem meio da chuva. Uma ponte no passo. Uma coisa chã. Uma nuvem cheia de lágrima. Um rapto. Uma guitarra partida. Um choque. O momento da crisálida. O pensamento acha código na caixa preta da nossa maquina voadora. Aparece num flash depois some na vastidão e vai fotografar outra pessoa. Outro lugar. Outra hora..."a bola de bilhar dispara no universo".
Para Luís Capucho
Alessandra Espinola