CASTELO NO AR

Evaldo da Veiga


Bethinha sempre inventando
e o Anselmo seguindo os seus passos.
Anselmo ainda não tinha entendido
esse processo lindo e inovador
de construir um Castelo no Ar.

- Castelo no Ar, mas Bethinha,
ele vai cair, não vai?

- É lógico meu Pururuca lindo,
ele vai cair, e dai?

- Mas Bethinha, se ele vai cair,
por que nós vamos construir?

- É ai que está à graça:
quando ele cai agente ri, goza,
e constrói novamente!

- Como assim?

- Por que o Castelo será construído
no ar da nossa graça,
na exata dimensão do nosso amor.
E para comemorar a pré inauguração
do Castelo, o que vamos fazer meu Pururuca?

- Amor, Bethinha, somente amor.


N – Da série escrevendo bobagens
e sorrindo de coisas simples,
valorizando o que a vida e a natureza
nos ofertam linda e gratuitamente:
o ar imprescindível e a água da vida.
Para deleite de contemplação
do verdadeiro belo e fonte de amor perene,
o céu e suas estrelas,
que permanecerão após nossa passagem.



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