Repetidos erros

Cadê você no seu canto do meu sofá,

vestida com aquela minha blusa branca de botão?

Ainda sinto seu cheiro na minha sala de estar

mas as lembranças hoje, são apenas ilusão.

Sei que cometi erros e te magoei

mas chuchu, vc nao sabe o qto eu poderia te amar

e hoje não há outro corpo q preencha meu colchão.

Nao tem volta, eu errei

só que eu preciso aprender a amar

pra apagar as marcas da minha imperfeição.

Como num estalo percebi que era você

a única capaz de me fazer esquecer todas as que deixei pra trás.

Tarde demais?

Talvez.

Só que o amor não é linear

e nas curvas do teu corpo nu,

nas linhas turvas do nosso sexo vulgar

aprendi pela milésima vez,

q é torto o amor que tenho pra dar.

Por ser tão confuso

demorei a acreditar na euforia do teu colo,

tardei a compreender q a nossa sintonia

nao carecia de dolo,

mas esse é meu jeito de amar.

Passo pela vida experimentando sensações,

mas no fundo

minha tendencia à orgia

é uma eterna procura por emoções.

E todas elas encontrei em você.

Teríamos muito a vivenciar

e hoje tenho q aceitar o seu parecer.

Veredito dado

futuro amor celado dentro de mim,

magoado,

culpado,

terei q aceitar o nosso fim.

Não posso lamentar

sua felicidade está longe de mim.

Finjo estar zen,

para q vc nao venha a se preocupar,

mas calado,

hoje estou aquém de mim mesmo

em farrapos só me resta o fardo

de seguir assim nessa vida a esmo.

Raphael Moura
Enviado por Raphael Moura em 09/05/2017
Reeditado em 09/05/2017
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