MINHA CASA NO SERTÃO
MINHA CASA NO SERTÃO
Minha casa abandonada sem teto e sem calçada tão solitária no meio do sertão.
No inverno rigoroso tudo era colosso, mas quando a seca chegou partiram todos em retirada.
O alpendre vazio mostrava a agonia dos sofrimentos passados naquele pedaço de terra, sem água no ribeirão.
Cena triste de arrepiar eu começava a chorar de desilusão, mas a fé dominava meu coração que batia em disparada.
O gado foi transportado, os currais abandonados, o chão seco esturricado duro que só um apertão.
Procuro meus gados, o rebanho das ovelhas, as galinhas cantadeiras que era a alegria da gurizada.
Tudo virou vintém real nem pensar restam somente lembranças e saudades da vizinhança dos amigos do meu sertão.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/ CEARÁ
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