ESCREVER
É o meu refúgio hoje,
meu ponto de partida sem chegada
palabras, cifras viradas
a caneta é mina fiel amiga
faz o que eu quero e me deixa livre
para respirar fundo e fazer pausas
para ser solta em toda estrada
E quando os amigos nao estiverem?'
E quando as redes sociais nao forem suficientes?
E quando quem está perto nao entende?
Por que longe está de sua mente?
O que você vai fazer?
Quando as ansiedades nao sao supridas, preenchidas, ficam por reprimidas... e aí?
Quando você tem muito para falar,
mas é contido pelo idioma, pela norma, pelo cuidado...
E quando quase tudo nao tem graca?
porque nao tem rio, tem cala frio,
nao tem conversa fiada, engracada, tem piada virtual.
Nao tem chiclete, nem chuva para se molhar,
tem alface e goteira na casa.
Nao tem loucuras, mas nao faltam bravuras!
Nao se vê alegria, talvez euforia, nao há prazer...
E quando todos seguem seus rumos distintos,
e você até queria seguir junto mas nao dá.
E quando o nó na garganta a faz inflamar?
E quando faz falta o silencio de um abraco apertado?
E quando faz falta o barulho do animado?
E quando você pergunta se muita coisa faz sentido...
e quer dar um grito, mas o eco da mente já faz muito ruído...
E quando você parece nao estar em casa, nunca está em casa,
nem na sua casa, porque nao pode relaxar?
Que breu!!!
Que nada!
Que chatice essa parada!
Ainda bem que você está aquí caneta, e que o papel
nao se fez de féu, nem de réu, mas de troféu....
troféu do silencio angustiante que se transformou em palabras mal desenhadas...
Nao importa!
que bom que foram expressadas! UFA!