Dádiva de Buscar Ausências
 
A realidade nunca o é como diz o compositor, porque não fala da minha, da tua, de quem seja. Fala de si, do que seus olhos dançam nas manhãs de lua ou nas noites ensolaradas de perguntas. Talvez eu também seja feita pra viver de sonhos e não sucumbi porque ainda me é dada a dádiva de buscar ausências, o que me ilumina o espírito e me rega os últimos resquícios de asas que eu poderia sonhar. Mesmo que haja um labirinto que eu não deseje percorrer quero caminhar profundidades e abster-me de superficialidades, porque ainda tenho medo dos instantâneos de luz iluminando o caos e os meus escuros... mas eu sei, sim eu sei: também (ainda) escuto meu próprio coração...