NA MINHA RUA
A chuva caí, como um choro que não dava mais para conter nas pálpebras.
Os pingos de encontro ao chão voltam à uma elevada altura. Como se neles have-se a vontade de retornar e arrependimento de ter caído.
A chuva para, em intervalos parecidos com os soluços de uma criança que tenta se conter.
Os pingos sofrem aos pés que passam e lembram-se que nem sempre as lágrimas conseguem alguém convencer.
Chove forte na minha rua, onde havia a minutos um forte sol. Minha dúvida é sobre quem sofre:
_ choram as Nuvens ?
_ou quem soa é o Sol?