Devaneios

o sol se deita nas profundezas do poente
a relva embala a superfície da  terra
a lua do outro lado  desponta
as mulheres com seus cabelos de tramas 
acordam com as estrelas  dos seus sonhos infantis
suas peles translucidas  deixam  à mostra os vasos  dos rios cor de sangue que correm em em suas veias 
vestem  cetim cor da noite
a beira de suas camas córregos de flores
com o bico dos pés 
subem a escada  semeada de amores-perfeitos
que dá na  varandas do universo
lá observavam a olho nu
o que se desnuda
o irradiar das lâmpadas celestes
a luz azul por sobre sua tez descolorada  flamejam todos os seus sonhos
e ilumina os animais rastejantes e os  do  céu e retirava as flores da penumbra
elas pensavam nos sumários de consciências de suas vidas,
nos grão de mostarda que continha o universo;
os  pergaminhos que contavam a história do mundo
das barcas de fogo anunciadas pelos loucos  
condenavam-se por não terem sido profetas sempre e em tudo   
observava o céu que era de uma graça tão grande como a graça divina
como se tivesse o frescor de uma boa nova ·.


 
Labareda
Enviado por Labareda em 28/11/2016
Reeditado em 01/01/2017
Código do texto: T5837015
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