Fim de caso.

Fim de caso.

Delasnieve daspet

Acabou.

Não me perguntes o porquê.

Não! Não te atormentes!

Acabou apenas,

Nada mais!

Quando quiseres lembrar-me

Bloqueie.

Finja que morri.

Faça de minha lembrança

A nuvem branca que

Ao longe se vê!

Melhor!

Me olhe como a fumaça

Que ao longe passa

E se dessipa no ar!

A comédia é finda.

Acabou sem aplausos.

Sem platéia.

Sem final.

Melancolicamente o pano caiu!

E...ficou o nada!

O vazio do tempo.

Que enregela a alma.

Que caminha célere...

Para onde?

Ficou a tristeza.

O Inverno.

E já não tenho a chama interna

Que me faz forte,

Claudico entro o concreto e o abstrato

Sem razão!

Ficamos com as sobras.

O beijo amargo.

O desamparo.

A mão pendendo no vazio.

O corpo gelado.

Nem côncavo. Nem convexo.

A gota de lágrima

Que se perdeu

Nas entranhas da terra.

Final de caso.

Nos perdemos como

Uma coisa sem valor.

**Delasnieve Daspet-11,00 hs 28-8-2001

Campo Grande MS

Delasnieve Daspet
Enviado por Delasnieve Daspet em 26/07/2007
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