*_ O PROFESSOR DAS ESTRELAS


A floresta me traz de longe o cheiro de canela.

Vamos falar das estrelas que me puxam
os cabelos até á altura dos ombros.
Dessa matéria negra que tenho nos meus
olhos e do espaço em que se movem.
Falemos da força e brilho que emite os astros.
E são elas as estrelas, que penteiam meus
cabelos.

Sou uma alma selvagem montado num cavalo
maluco chamado vida...
Um príncipe, uma lenda.
Um corpo celeste que anda.
Minhas marcas continuam a apaixonar.
Entre o céu e a terra talvez seja a teoria do
mistério dançando como uma magia na alma.
De olhar brilhante como a noite das estrelas.
Trago um raio cósmico pendurado ao peito
chamado, coração. E uma palavra pecado
escrita nas maçãs do rosto.

Quantas vezes já escrevi minha história?
Várias vezes voltei, ao palco da vida, e
novamente me deixei sentar numa cadeira
confortável.
Pena, lápis, caneta e até o pincel foi meu
aliado para desenhar minhas linhas, traços
puros, sempre narrando a vida ou as histórias
que presenciei.

A floresta me traz de longe o cheiro de canela.

De repente, como uma brisa nos cabelos, troco
a roupagem humana, volto em outra veste e
continuo destrancando portas.
Uma forma de prolongar o prazer de viver,
pensar e passear dentro de mim.

Um professor das estrelas como queira...