TOURO DE ALGODÃO
Au monsieur MABONZO Kalimasi
Um Zangão aterrissou em minha casa.
Deitou na cama da Abelha Rainha,
E algo estranho aconteceu. Ele não morreu.
Ela o amou. Fez um cafuné e o mesmo adormeceu.
Parecia o Minotauro, mas era Teseu.
Touro de algodão.
Ascendente em escorpião.
Lua leonina parece até que foi sina
De me conhecer mulher, enquanto ainda era menina.
Eu o olhei e percebi que ele tinha
Braços de proteção. Costas da muralha da China.
Olhos de lua minguante. Amor de Paroxetina. Imagina?
Príncipe crescido. Rei surgido.
Postura de Rei, Cetro de rei.
Chacra da Coroa de Rei.
E como um Rei, ele Reina.
Vossa Alteza Congolesa me apresentou uma Beleza.
A de ver o Pôr do sol quantas vezes eu bem queira,
Só bastava papel, lápis e, de vez em quando,
Puxar um pouco, para frente, a cadeira.
Mas, por favor, Psiu! Silêncio! (para não haver mal- entendido).
E, além disso, o dia virou noite e daqui a pouco a noite vira dia
Enquanto ele dorme, eu lhe oferendo minh’alma em poesia.