AS ANDARAVASTYS

A sombra do anoitecer

tece teias de sabedoria

imponente cume em chamas

rivalizando com as estrelas.

Ramos de árvores infinitas

em salões de antigo augúrio

em suas passagens há enigmas

que nem a água revelará!

Protetores e portais

da entrada e do dragão

em sua face jáz a lápide

de traiçoeira lâmina, um inimigo.

Pico nevado, inatingível

Sûrum invoca sua ira sobre nós

A Montanha irada reverbera

Em tons antigos e veios de sangue.

A comunhão de espíritos e santos

uma face de horror alado

os veios se tornaram em rios

e escorreram como lágrimas, em Fort’alto.

Magia divina, esfíngica e mortal

de outros outonos e escuridão irrefutável

cruzam os céus em anunciação

o portão profético se fechou.

A fumaça prenuncia a coragem

a face na Montanha reluta

entre o medo e a fortuna

a ambição é nossa luta.

Os passos em seus salões

São cheios de glória

Nossa história é dantesca

E nossas lágrimas geladas

São pilares de outro mundo

Onde Reis caçam Deuses

Nossa história é funesta

E nossas lágrimas cessam.