*_ A PROFECIA DA ESPADA...

Enquanto vestia minha pele, eu pensava, não é fácil
ser eu.
Enquanto vestia minha pele para retornar, milhões
de coisas quase me fizeram desistir.

Era fácil dizer, fácil pensar....

Enquanto vestia minha pele, vi o sangue que escreveria
toda as poesias e muitos acharam que seria fácil.
Perguntaram-me o que eu desejava, e eu pedi apenas
um sinal...
Um sinal que me revelasse quando estivesse escondido
nessa pele, e que fizesse sentido continuar...

Você quer uma profecia?
Sim eu disse...
Uma profecia que ninguém contou...
Dessas que deixam marcas escritas...

Uma vestimenta para salvar-me do lado sombrio da
noite.
Uma fogueira a iluminar parcialmente ao redor.
Sentado onde ouça o silencio do tempo e fique
lembrando da existencia de outros mundos além das
estrelas....
Era fácil supor que não me ferisse....
Que fosse fácil entender minha dor...

Enquanto vestia minha pele, eu pensava, não é fácil ser
eu.
Afinal nenhum olho descreveria a jornada que eu teria
que letrar.
O sinal Cavaleiro?...perguntaram...
O seu tempo será o do imaginário, do afetivo e sem
cronologia.
Estilhaçando as imagens e fortalecendo a memória.
E terás a ponta suave de um cavanhaque atrevido e os
olhos escuros como o breu da noite.
Será a pulsação do imaginador...

Foi ai, que entendi o que era vestir uma pele...