Violeiro, chora a viola

Violeiro, está viola canta

e chora a saudade deste chão

este chão árido que o pranto na garganta

canta os amores nas cordas desta canção...

No meu peito também chora

este choro que não vai embora

junto da viola, que vai no raiar da aurora

Violeiro, chora a viola no meu pranto

deste desencanto que a sorte me reservou

se podes neste canto me consolar tanto

não se acanhe em espantar a solidão que aproximou...

No meu peito também chora

este choro que não vai embora

junto da viola, que vai no raiar da aurora

Violeiro, canta a viola no choro dos amores

se hoje sozinho, tenho ela cancioneiro e senhora

então consola minha solidão e minhas dores

daqui só saio se a viola for embora...

Viola e violeiro deixam eu ter este proveito

do canto e choro da viola, em poesia

pois assim alivia o meu peito...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Maio, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/05/2016
Reeditado em 03/11/2019
Código do texto: T5641533
Classificação de conteúdo: seguro