Doce Quimera *
Tropecei nos devaneios meus
Padeço agora em repugnância demasiada
Pelo meu próprio eu!
Por querer-te, aprisionei a minha alma...
E perdi o sentido num delíquio
Por necessitar do teu calor
Para nutrir a saúde do meu espírito
Quanta desventura trouxe esse amor!
Te confiei cegamente
Como se não houvera mais nada
Amei incondicionalmente
Mas agora me tenho amargurada.
Ah. Doce quimera!
Me vi tão longe do inverno
Sonhei com a primavera...
Mas só me aproximava do inferno
Dói reconhecer,
És residente do íntimo do meu ser
O amo com tudo que tenho, com tudo o que sou!
Mas descobri que o pecado leva à morte
E morri em vida por não perceber
Que pequei gravemente
E meu pecado foi amar-te!