POEMA PARA MINHA MÃE
POEMA PARA MINHA MÃE
Aquela que está na cadeira de balanço
Sentada à procura de descanso,
Para o seu corpo já sofrido,
Pelo passar dos anos e tempos idos,
Que marcaram sua face tão singela,
Ainda trás traços ainda é bela.
O tempo, o desengano, o desgosto,
Não conseguiram apagar do seu rosto,
Nem dos seus lábios ressecados e duros,
Aquele doce sorriso, angélico e puro.
Guardo comigo seus ensinamentos,
Seus costumes e aqueles momentos,
Que passávamos descontraídos,
Relembrando os dias vividos,
Quando me encontrava de férias.
Ela me contava estórias de quimeras.
Mãe! Se pudesse retroceder os dias,
Que vivemos cheios de alegria,
Na minha inesquecível infância,
Cheia de vida e cheia de esperança.
O tempo levou e deixou-me como herança,
A saudade do meu tempo de criança
Da minha mãe que na escola me ensinava,
Era professora e como tal me educava,
A ler e escrever para enfrentar a vida,
As lágrimas rolam de maneira incontida,
Ao lembrar-me de minha mãe a doçura,
A meiguice, a bondade e a ternura,
Como cuidava de nós filhos teus
Tu hoje repousas nos braços de DEUS.
Aquela que está na cadeira de balanço,
De cabelos brancos e de sorriso franco,
Com muito amor, cheia de carinho e paz,
A minha mente hoje a saudade trás,
A imagem viva em minha memória,
Daquela baixinha e honrada senhora,
Que por todos era exemplo e admirada
Por só ter o primário e como concursada,
Podia ensinar o ginasial pela competência,
Sabedoria, dedicação e inteligência.
A você mãe que me disse um dia,
Irradiando de tamanha alegria,
Olhou meus olhos bem ao fundo, diz:
Meu filho hás de ser bom e ser feliz.
O tempo foi passando com passar dos anos,
Quando na minha frente, só desenganos,
E as esperanças iam ficando atrás,
Lembrava-me de ti , sentia no meu coração a paz
E o desejo de lutar e seguir em frente,
Pensando só em vencer com desejo ardente. 06/05/2016