COLCHA DE RETALHOS
De sua poltrona macia e almofadada
Do alto de seus grisalhos setenta anos
Quadrado a quadrado uma colcha
De retalhos sempre inacabada
Sendo costurada por anos a fio
Cada parte um fato da vida
Uma lágrima enxugada
Um amor inocente
A primeira paixão
Uma perda doída
Um laço de eternidade afetivo
Filhos nascidos
Um riso rasgado
Um presente divino
Um rancor tão ferido
Um destino de glória
Uma resignação derradeira
Uma colcha de retalhos
Que ficará de herança
Cada quadrado um fato
Uma memória
Uma lembrança
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 18 de 2016.
De sua poltrona macia e almofadada
Do alto de seus grisalhos setenta anos
Quadrado a quadrado uma colcha
De retalhos sempre inacabada
Sendo costurada por anos a fio
Cada parte um fato da vida
Uma lágrima enxugada
Um amor inocente
A primeira paixão
Uma perda doída
Um laço de eternidade afetivo
Filhos nascidos
Um riso rasgado
Um presente divino
Um rancor tão ferido
Um destino de glória
Uma resignação derradeira
Uma colcha de retalhos
Que ficará de herança
Cada quadrado um fato
Uma memória
Uma lembrança
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 18 de 2016.