TODA NUA
Não sei quantas notas ainda te cabem
Dentro do meu cárcere profano
Arrasta-se acorrentado
Infernizando meus pensamentos
Quedo-me exausta de tanto tentar
Fugir é inútil
E o tempo é teu aliado
Teus elos me afagam
Me abocanham pelos calcanhares
E me convidam prá ficar
Estranho convite
De intenções veladas
Que hora acende e hora apaga
Sem dizer ao certo
O que vem me dar
E na incerteza das tuas vontades
A minha vontade se faz maior
E se mostra sem roupa
Tão clara a nudez do querer
De te querer