Minha Paineira
Minha Paineira
Me de tua sombra frondosa Paineira
Quero descansar nem que seja um segundo
Já se faz tarde grata companheira
E ainda carrego o peso desse meu mundo
Este sol a pino me consome em suor
E no meu cantil água já não há
E no frescor de tua sombra linda Paineira
Estarei bem melhor e o suor vai cessar
Os sucos que em minha face o tempo fez
Delatam minha idade embora que errada
Nem sei se em tua sombra me encerro de vez
Por que sinto chegar o fim da jornada
Que eu pereça aqui minha companheira
Que eu parta pro meu descanso merecido
Mas que minha morada seja em ti ó Paineira
E ai eu te confesso valeu ter vivido.
Talmeida 04 / 06 / 2007