Surdez pavimentada.
"Seu creme dental está manchando o meu copo."
Enquanto eu entendia o amanhecer, o traço de higiene era minha menor preocupação. Não sairão teias perpétuas de minha boca, a não ser que tuas mãos esfreguem meus rostos (de adequado-abstrato). O tempero que tirei em duzendos dias livra a sua moeda. Qualquer tipo de política não satisfaz, porque meus dentes devem ser escovados e o jornal estará com o caderno de esportes esbranquiçado. Não há diversão - e babo espumas no derradeiro grifo na frase em resposta. A psicanálise anda coberta de moscas, porque ainda não me descobriram. Minha única terapia conclusiva seria MORRER, mas eu CORRO pra adiantar horários.
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"Seu creme dental..."
Você fala como um sótão, como um frasco de poeira. Eu definitivamente não me recupero a respeito de coisas sobre cimento e alturas, mas pra que se bastem algumas palavras: um muro estaria de bom tamanho. Você sabe, um ângulo de 45°, perto do desabamento - só pra ser reconhecido. Na verdade, o maior desejo é que cometam homicídio. Alguém que saiba deixar estrelado no tom vermelho no céu e que coma porcos aos domingos.
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Uma verdadeira arte, um sopro ou uma garantia.
Eu volto pra casa e tenho flores - pareço Jesus Cristo, com espinhos no compartimento de toucas dentro do estômago. São os isqueiros que te fazem festa. Você nunca retorna, ninguém lhe dedida escritos e suas mãos doentes acham que posso profetizar: "espere, uma bela estrofe vai cantar em sua vida". Não é incesto se o outono da noite são as árvores e pétalas; não é renascimento se não sangra clorofila. Minha paixão por plantas é terminada em vasos; não percorro um quilômetro sequer pra salvar folhas do mato. Você cospe nos caminhos, continua achando que esse totem é um pontilhado no rosto de cicatrizes mansas.
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O café (pela manhã) irriga pensamentos e distrações. Uma cabeça é coberta pelas ondas, e não existe a respiração-falange. Os ossos serão encontrados na carcaça de uma tripulação marítima. Eles terão abençoado o que você nunca foi: um resgate de mundos gêmeos...
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"A caneca não esfria por movimentos bucais..."
(A caneca dissolve nas mãos ensanguentadas. O espirro é uma ventania. Cacos findam o caso portuário. Não serão carregamentos que livrarão a cabeça. As costas da vida rodeiam frentes no grosso caldo de tímpanos - se "Deus" existisse, teria sido crucificado por metade dos discursos sobre minha forma herege de criação.)