( - Em Palavras)

(Por Aglaure Martins - Em Palavras)

Não me vi crescer, apenas morrer a cada dia...

Trago um disfarçado brilho no olhar e um ar de riso no canto da boca

que desabrocha quando abraço a simplicidade.

Não sei a nascente que a calmaria vive, sou filha da inquietude.

Sou redemoinho que gira por dentro como hélice pronta para decolar.

Moro em minhas lembranças, em minhas saudades, nas gavetas da minha parca memória.

Mergulho do precipício em queda livre onde de olhos cerrados vejo a cor da liberdade.

Vivo sentimentos encarcerados...Lança que me fere...Lama que me afunda... Lodo que me cobre...

A alma ainda dança feito bailarina no sopro da palavra, lá ela vive.

Da boca, silêncios... Do peito, o grito amordaçado ecoa nas paredes do agora.

Não sou senhora do tempo, não sou mão que acolhe as horas...

Nada tenho de meu a não ser os sonhos que vez por outra retiro do espelho e beijo com tanta ternura que penso ser verdade.

Sim, eu morro em mim querendo viver..

.

JP23092015

* Por não saber classificar esse texto, resolvi postar aqui em 'prosa poética'

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 24/09/2015
Reeditado em 10/11/2015
Código do texto: T5393322
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.