BANCO DA VIDA

Imagine, imagine, imagine

Imagine um banco, uma banco que não lhe ofereça: dinheiro, empréstimos ou cartões;

Imagine um banco que lhe ofereça a vida, isso, a vida.

E a forma como este banco lhe oferece a vida: em horas. Horas que você pode gastar como quiser e com quiser. Este mesmo banco lhe deposita todos os dias, 24 horas. A cada noite sua conta é zerada. E no dia seguinte, mais 24 horas. É assim seus dias seguem, depósito atrás de depósito, 24 horas atrás de 24 horas.

Imagine, a cada 24 horas uma nova chance de fazer diferente.

Imagine, a cada 24 horas um novo dia para experimentar.

Imagine, a cada 24 horas um novo começo.

De repente essas 24 horas lhe parecerão eternas. E você começa a acreditar que também és eterno. Tudo vai lhe parecer tão igual, nada mais parecerá lhe tocar... você não mais se encanta.

E seu piloto automático é acionado:

Você come, você trabalha, você dorme, você acorda;

Você come, você trabalha, você dorme, você acorda;

Você come, você trabalha, você dorme, você acorda;

Você come, você trabalha, você dorme, você acorda;

Nesse perder-se, você se perde.

Sem aviso, o dono deste banco, chega para lhe cobrar todas as horas que a você foram creditadas.

És tomado de assalto, um susto parece lhe arrancar do torpor do tempo.

E começas a questionar, o que fizeste com suas 24 horas. O desespero é palpável. E se pergunta: a quem dedicou suas 24 horas? Você aproveitou bem suas 24 horas?

Seu coração se inunda de medo, e depressa pede por mais tempo. Promete que será e fará diferente.

Só mais 24 horas, mais 24 horas ... mais um tempo ...promete fazer diferente.

Mais 24 horas, mais 24 horas, 24 horas ...24 horas...

E você, o que andas fazendo com suas 24 horas?