VERGONHA

Eu sinto tua falta,

e não tenho vergonha de dizer.

Eu penso em você sim,

e não tenho vergonha de dizer.

A janela que você fechou, peço que abra sim;

ler você dizer oi pra mim, quero sim;

ver e ouvir você comigo, preciso sim.

E não tenho vergonha de dizer.

Sentir tua mágoa, aceito sim,

e amparar tua fraqueza, quero sim...

porque assim sou inteiro, e não metade.

E não tenho vergonha de dizer.

Teu olhar terno, teu carinho gostoso, quero sim;

teu olhar de censura, teu “abafa” e teu silêncio, quero sim – mas do meu lado;

teu rosto em meu peito, e teu riso de “maldade”, quero sim.

E não tenho vergonha de dizer.

Ver teus olhos brilharem e tua boca sussurrar, ao toque de meus carinhos, quero sim;

ver teus olhos fitarem os meus, e brilharem de prazer e satisfação ao verem o brilho dos meus te entregando o prazer de ser teu, quero sim.

E depois, abraçados, te sentir molinha, e molinho estar, quero sim.

E não tenho vergonha de dizer.

Mágoa, orgulho... também tenho sim.

Mas tenho mais amor.

E teu amor voltar a ter, quero sim.

E não tenho vergonha de dizer.

Se vergonha de algo tenho? Tenho sim.

Tenho vergonha de até agora não ter pedido para você:

Volta, Sue. Ta doendo. Eu te amo, e preciso de você.

E não tenho vergonha de dizer.

Balbueno
Enviado por Balbueno em 16/06/2007
Código do texto: T529327