VERGONHA
Eu sinto tua falta,
e não tenho vergonha de dizer.
Eu penso em você sim,
e não tenho vergonha de dizer.
A janela que você fechou, peço que abra sim;
ler você dizer oi pra mim, quero sim;
ver e ouvir você comigo, preciso sim.
E não tenho vergonha de dizer.
Sentir tua mágoa, aceito sim,
e amparar tua fraqueza, quero sim...
porque assim sou inteiro, e não metade.
E não tenho vergonha de dizer.
Teu olhar terno, teu carinho gostoso, quero sim;
teu olhar de censura, teu “abafa” e teu silêncio, quero sim – mas do meu lado;
teu rosto em meu peito, e teu riso de “maldade”, quero sim.
E não tenho vergonha de dizer.
Ver teus olhos brilharem e tua boca sussurrar, ao toque de meus carinhos, quero sim;
ver teus olhos fitarem os meus, e brilharem de prazer e satisfação ao verem o brilho dos meus te entregando o prazer de ser teu, quero sim.
E depois, abraçados, te sentir molinha, e molinho estar, quero sim.
E não tenho vergonha de dizer.
Mágoa, orgulho... também tenho sim.
Mas tenho mais amor.
E teu amor voltar a ter, quero sim.
E não tenho vergonha de dizer.
Se vergonha de algo tenho? Tenho sim.
Tenho vergonha de até agora não ter pedido para você:
Volta, Sue. Ta doendo. Eu te amo, e preciso de você.
E não tenho vergonha de dizer.