Tijolos
Ela chegou como um tornado e eu, o único com casa de tijolos, fiquei sem chão. A usei como minha melhor experiência poética, foram meus melhores momentos e a fonte era inesgotável. Cada lembrança, cada desejo, cada frio e saudade, cada forte pulsação foram ditos ao papel. Nada passou! O sucesso da poesia contagiou outros olhares e outros corações, mas o dela permaneceu seco e cego. Na crônica era assim q acabava, do nada, sem nada. Mas o final tinha que ter glória e resolvi reescrever: contei lhe que estava na arte, e que não sabia se Da Vinci, Chopin ou Lenon tinha revelado seus mistérios, mas fodam-se, eu revelei e só ela saberia. Sentia-a nervosa e chocada, depois dos trinta essas coisas não deviam acontecer. Li seu pensamento e disse: não é paixão, é tesão!
Seus pelos não saltaram mas ela sorriu...