Experiência.
Por conta dessas lágrimas represadas em meu coração,
E que nunca chegaram a escorrer de meus olhos.
Por conta de minha alma aprisionada em tantos impositivos.
Por conta de tantos quereres que se perderam,
Em tantas tentativas que não aconteceram.
Por conta dessa correria no afã de ir atrás de mim.
Por conta de não conseguir me alcançar.
Por conta de não conseguir voar,
Além de meu limitado território.
Por conta de meu Parnasianismo a sufocar meu ar romântico.
E por conta de tantas e quantas dessa vida que nos apronta e afronta.
É que eu escrevo para derramar em forma de letras,
O que vai em meu coração.
Tento em minhas parcas composições,
Imprimir um pouco do homem que aqui esta.
E isso desanuvia minhas dores,
Desembota meus olhos.
Alarga meus horizontes,
Para além das fronteiras de minha alma.
Escrevo para ser livre.
Escrevo para viajar por lugares que talvez eu nunca venha a estar.
E em cada linha preenchida.
Na junção infinita de letras a tornarem-se palavras.
Eu posso falar um pouco do coração desse humano.
Que com a junção de versos que eu ouso chamar de poesia,
Tento expor o que alguns chamam,
De experiência humana.
Ou vida a gritar pelo encontro com quem a vive.
ou deixa-lhe escapar.