Suor

Caminho pelas ruas segurando os soluços e as lágrimas. Seguro o pranto, pra mentir pra mim, dizendo que não me importo com a tua ausência tão sofrida.

Preencho o vazio que tu deixaste com litros e litros de cerveja e tequila, mas estas também não substituem a água salgada dos olhos.

Então caminho sem rumo. Caminho até minhas pernas doerem. E então caminho mais um pouco pela cidade, até que quem chore seja meu corpo.

Bárbara Guerra
Enviado por Bárbara Guerra em 22/02/2015
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