Espelhos
Tropeços desses caminhos largos que levam à perdição
Lugares desconhecidos que despertam fascínio
Tua luz que ilumina os dias vazios
Que perpetuam como músicas
Em recônditos incógnitos
Delirante prazer em buscar-te
E reconhecer em ti, espelhos
Luxúria pura de paz e gozos
Sem pecados
Permitidos pela paixão
Deslumbre de descobertas insanas
Desvario gostoso de sentir-me
Tão tua
Sentir-te tão meu
Magia em momentos de total entrega
Permissividade por não ter como fugir
Êxtase vibrante de só a ti pertencer
Fascínio inexplicável de tanto querer
Sentir-te vibrar no meu cerne sagrado
No mais fundo de mim, tocar
Descobrir lugares meus, que nem sei
Cobiçar tua alma cadenciada de desejos
Palpite de tudo dar certo ou perder-se no caminho
Essa reciprocidade infinda de querer sempre mais
No teu âmago me entranhar e sentir tua nudez
Desfalecer de prazer
Do então desconhecido
Te amar muitas vezes
E talvez bem mais