Mexerica Candongueira
Na roça de coiêta feita sortaro us boi pra apruveitá a paiada seca. O miio quebrado foi puxado nus burro carguêro pru terrêro da fazenda.
Os boi entrô quebrano, fazeno a dirrubada e pastano o qui tinha pela frente; massô e cumeu tudo dexano o resto das cana de miio deitada.
Sobrô numei da siquidão, do limpo pisado, parmiano uma pedra, um frondoso pé da mixiriquinha fedorenta, - carregadinzin.
Ê-tava bunitin, virdin, das fôia miúda, muntas fôia e da copa ridundinha. Entrimêi as fôiage, têia de aranha -, uma caxa de marimbondo na-ban-di-lá; e na-ban-di-cá, iscundidin, um nin c'uma rulinha dentro.
- Ah lá ó... uma madurinha, lá na grimpa - vai tá ducinha !
Zezé, cum'água na boca puxô a gaia, - entrô numêi cum sacrifiço ranhano nus ispim, mais pegô.
Huummm... qui coisa sô!!!
... da ôtra banda dela um buracão. O fédamanha du marimbondo tava cumeno e quais firruô ele na mão!
Mais tinha muntas: piquena, grandinha e das bitela ... virdinha, marela e marilinha.
Chupô um tantão; encheu a camisa, pra levar pra casa, e saiu chupano pru camin.
Dalí, Zezé partiu saciado... chêi e chêroso da mixiriquinha fedorenta, da mixirica candonguêra.