AMOR INFINITO

Ao caminhar pela vida, fui semeando sonhos, alguns germinaram e amadureceram, outros, no entanto, não chegaram a vingar.
Vivendo, desfrutei, e continuo a desfrutar de alegrias, tristezas, dores, esperanças, anseios, serenidade, comum a todo ser vivente.

Porém, no ato de gerar duas vidas, pude sentir o gosto da felicidade real. Um sentimento tão especial que faz meu coração pulsar fora do corpo.
Um amor infinito, que é capaz de alcança-los (meus filhos) em qualquer parte do planeta, onde eles possam estar.
Um amor único, inigualável, inconfundível, imensurável, atemporal.
Um amor determinado a simplesmente ser.

Ainda hoje, mesmo após tantos e tantos anos, em que me tornei mãe, me pego admirada, e muita agradecida ao Criador da Vida, por ter confiado aos meus cuidados, duas joias de valor tão raro.
Sei muito bem que, eles, não me pertencem, mais sim, a ânsia da vida, como já escreveu Khalil Gibran.
Sei também que, no máximo, posso pensar que sou a guardiã temporária, a responsável, por nessa existência, oferecer a eles: proteção, amor, disciplina, e principalmente semear a fé (neles mesmos, na vida e em Deus) nos corações fertéis dos dois.
A cada ano que passa, mais e mais, me admiro da generosidade, e da confiança do Criador, em acreditar que eu (alguém tão comum) seria capaz de zelar por dois espíritos, que em origem, são filhos Dele.




(Imagem: Lenapena - Jardim Botânico do Brooklyn/NY- Cerejeiras em flor, um cenário inesquecível)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 03/12/2014
Reeditado em 03/12/2014
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