AUSÊNCIA

Paredes brancas,

frias como a neve,

que tentam me proteger

da dor da solidão.

O quarto está escuro,

o cinzeiro está cheio,

a fumaça paira ao redor,

e mais uma vez me sinto só.

De meu peito teu carinho sangra,

no ar teu perfume vem,

na cama o frio de tua ausência impera,

e meus lábios em vão teu nome sussurram.

Entre escuro, frio e solidão,

as lembranças de nós dois.

Entre dor, lágrimas e angústia,

a certeza de meu amor ainda em ti.

Sei que em mim também pensas.

Sei que minha ausência também te envolve.

E por mais que não queiras deixar

teus lábios meu nome dizer,

meu coração ouve o teu dizendo... vem pra mim.

Meu coração e teu coração sempre foram um.

O que teus lábios não deixam aos meus ouvidos chegar,

teu coração ao meu conta,

me deixando sentir você me querer.

Teu coração o meu chama,

e eu o deixo ir, levando o meu amor.

Depois, sozinho, me deixo pelo sono levar,

abraçado a tua lembrança,

e acarinhado pela tua ausência.

Balbueno
Enviado por Balbueno em 28/05/2007
Reeditado em 18/01/2008
Código do texto: T504243