Hoje pela manhã fui caminhar, embora com dor em um joelho, continuei a caminhar. Encantei-me ao voltar, com brincos e colar. E ele chega, traz um abraço e joelho não dói mais. Meu namorado canta, e emaranha sem pudor meus cabelos; faço um coro baixinho e tiro de mim um poema, para ele, O Vento.
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Vaso de cristal,
hybiscus rubros
sangue em pétala
pedaços rasgados
de ventania ao leste
Lufada faz dança
Com o lustre leve
formigas bordam
duro chão e seguem
caligrafia de vento
aromatiza a estrada
não desejo mais nada
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