A ESTAÇÃO DO AMOR.

 

Verão de 12/02/2006

 

 

                                             Senhora minha e muito amada, o verão tão esperado já chegou, convido-te para irmos aos campos das videiras.

Está na época da colheita e os cachos já estão maduros, pois o cálido amor do sol pela natureza amadureceu as uvas.

Senhora apressa-te e vamos antes que os pássaros e as abelhas biquem os frutos do nosso labor, pois a ti pertence e, somente a ti, eu entrego o néctar das uvas.

Portanto, vamos colher os roxos cachos perfumados, assim como as nossas almas colhem os produtos da felicidade, nascidos em nossos corações da semente do benquerer e do amor.

Senhora minha, vamos levar ao silo os frutos da natureza, assim como a vida tem amontoado o sentimento do amor em nossas almas.

Depois da labuta, minha doce Senhora Amada, vamos nos deitar na relva sob o céu, e usar feixes de macias acácias silvestres por travesseiro.

Assim descansaremos dos afazeres do dia, ao ritmo do gorjeio dos pássaros e a música suave dos ciprestes que nos dão as sombras.

Senhora Minha e Muito Amada, eu, inspirado por este inexprimível cenário, declamarei poesias de amor até que tu caias em sono profundo nos meus braços.

Depois, Senhora Muito Querida, eu te acordarei com os meus beijos e os cantos dos pássaros noturnos que já se anunciam.

E tu sorrirás para mim, despertando alegre e feliz de novo, correspondendo prazerosa aos meus beijos.

Senhora Muito Amada, eu não vou continuar este poeminha, pois apenas eu o escrevi para te lembrar que, um dia, repetiremos a tudo com todo o direito que nos foi dado.

Eu te amo meu passarinho!

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 24/05/2007
Código do texto: T499229