CONFUSO E ESTRANHO TEOREMA.

 

 

 

 

                                      Minha linda, eu sempre te envio e deixo contigo todos os meus poemas, na verdade, eles já são teus.

Somente teus!

Tu os fizeste ressuscitar do meu inconsciente.

E agora, tu me emocionas falando neles, repetindo os versos, orgulhosa e lindamente decorados.

Sempre me dizes que os releste!

Quantas vezes?

Com esse teu olhar de ternura e com um encanto de orgulho feminino, que agita essa tua alma boa e inquieta.

Meu Deus!

Até já me chamaste de: “O teu poeta”.

Eu é que fico orgulhoso, pois me fiz poeta para ti.

Nós os poetas somos um desastre, pois quando compomos vivemos um eterno dilema.

Não entendemos que a alma humana é mais complicada e estranha, que o mais complicado e confuso dos teoremas.

Entretanto Minha Linda, eu espero que os meus versos te façam companhia, para que tu sintas menos a minha ausência.

Agora, eu mesmo crio um novo dilema.

É que assim, começo a ter ciúmes dos meus próprios poemas.

Não ligues para o que eu digo, pois tu já me conheces, pois eu sou um teorema confuso e de difícil solução.

Mas lembra-te sempre que, num quarto de segundo e sem equação, eu provei matematicamente que te amo.

C.Q.D. (Como queria demonstrar)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 23/05/2007
Código do texto: T497937