MAGNÓLIA BRANCA TROPICAL.

 

 

 

Balada da manhã.

 

 

 

Oh! Minha linda e amada, branca como a névoa!

Pela manhã te levantas deste mar imenso,

Quando a brisa marinha te traz para min até a praia.

Todos os dias eu te espero ansioso no mesmo lugar,

E tu me circundas silenciosa, úmida e envolvente.

Rápido me transformas numa ilha em brumas, e assim,

Sinto o frescor das tuas vestes transparentes como a seda.

A tua brancura impalpável envolve a minha cor abrasileirada,

Como se combinam essas cores, numa infinitude de amor!

Mas, os raios de sol e a aurora te ferem na essência,

Quando, devagarzinho tu te evolas para o céu e me deixas só.

Não lastimo o teu desaparecimento pelas manhãs,

Pois, à noite tu voltas linda e sorridente para a minha torre.

Ali, tu não és mais névoa, mas sim, uma magnólia branca tropical.

Agora sinto o frescor dos teus abraços envolventes e,

Dos teus beijos jogados que me caem como pétalas frias,

Pois elas voaram mil quilômetros até aos meus lábios.

Pousam, beijam e deixam em mim o aroma da tua boca

Fico impregnado por alguns instantes com a leveza

Do inconfundível sabor de pitangas selvagens.

Entristeço-me quando dizes que vais me deixar,

Apaga-se o PC e um feixe eletrônico de amor sem fim,

É que nesse momento nos desligamos, ficamos “Off-line”,

E eu fico perdido entre as bromélias da minha torre.

A torre dos meus sonhos se enche de saudades e, pela manhã,

Os passarinhos se entristecem com a minha dor.

Amor, não te ausentes de mim jamais!

Envolve-me com a tua branca névoa para sempre

E o meu coração ficará para sempre úmido de amor,

Esperando se aquecer à noite seguinte nos teus abraços.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 21/05/2007
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