MAGNÓLIA BRANCA TROPICAL.
Balada da manhã.
Oh! Minha linda e amada, branca como a névoa!
Pela manhã te levantas deste mar imenso,
Quando a brisa marinha te traz para min até a praia.
Todos os dias eu te espero ansioso no mesmo lugar,
E tu me circundas silenciosa, úmida e envolvente.
Rápido me transformas numa ilha em brumas, e assim,
Sinto o frescor das tuas vestes transparentes como a seda.
A tua brancura impalpável envolve a minha cor abrasileirada,
Como se combinam essas cores, numa infinitude de amor!
Mas, os raios de sol e a aurora te ferem na essência,
Quando, devagarzinho tu te evolas para o céu e me deixas só.
Não lastimo o teu desaparecimento pelas manhãs,
Pois, à noite tu voltas linda e sorridente para a minha torre.
Ali, tu não és mais névoa, mas sim, uma magnólia branca tropical.
Agora sinto o frescor dos teus abraços envolventes e,
Dos teus beijos jogados que me caem como pétalas frias,
Pois elas voaram mil quilômetros até aos meus lábios.
Pousam, beijam e deixam em mim o aroma da tua boca
Fico impregnado por alguns instantes com a leveza
Do inconfundível sabor de pitangas selvagens.
Entristeço-me quando dizes que vais me deixar,
Apaga-se o PC e um feixe eletrônico de amor sem fim,
É que nesse momento nos desligamos, ficamos “Off-line”,
E eu fico perdido entre as bromélias da minha torre.
A torre dos meus sonhos se enche de saudades e, pela manhã,
Os passarinhos se entristecem com a minha dor.
Amor, não te ausentes de mim jamais!
Envolve-me com a tua branca névoa para sempre
E o meu coração ficará para sempre úmido de amor,
Esperando se aquecer à noite seguinte nos teus abraços.