"NUM QUIDITO"

“NUM QUIDITO!”

Um dia, pude sentir o toque suave de sua mão em meu rosto, enquanto meus ouvidos sentiam a doçura de palavras tantas vezes lidas em nossas conversas, em nossas brincadeiras... “NUM QUIDITO!”

E eu, diante de você, também “num quiditava.” Eu tinha medo de repentinamente acordar, medo de descobrir que apenas sonhava.

Mas eu sentia seu carinho em meu rosto;

Eu sentia seu perfume;

Eu me via refletido nos seus olhos que brilhavam junto aos meus;

Eu me encantava com o sorriso nos seus lábios que tantas vezes quis beijar.

E o beijo veio doce, suave, fazendo transbordar os desejos há tantos meses guardados.

E num abraço, cheio de carinhos, nossos corpos redescobriram o calor um do outro.

O seu cheiro, o seu carinho, o seu abraço, o calor do seu corpo, o gosto do seu beijo... Não, eu não sonhava; eu vivia aquele momento.

E outros momentos se fizeram viver em nós dois de forma ardente, apaixonada.

É repetitivo dizer, eu sei, mas... essa não foi nossa primeira vez.

Um momento que “num quiditávamos” poder acontecer, ressurgiu forte, ardente, intenso e verdadeiro, mostrando o amor que sempre esteve conosco.

Nossos corpos, nossos corações, nossas almas... tudo se uniu;

Olhos, mãos, bocas, cheiros, gostos, sussurros, gemidos...

O amor comandando o desejo ou, quem sabe, por ele sendo comandado.

Mas quem se importava com isso?

Nem eu, e nem você.

Falamos, brincamos, rimos, choramos, nos entregamos, e o “num quidito” não mais existia. Agora eu “quiditava”, agora eu te pertencia, eu te tinha.

“Quiditava”, pertencia, tinha... verbos!

Como são cruéis no passado. São como velhas canções, trazendo lembranças e lágrimas; são como duras mentiras que vêm ferir o coração; são como velhos sentimentos que não desaparecem, mas não voltam a viver.

Mas eu “num quidito” em verbos no passado. O meu amar é presente, sempre... eterno.

A estrada está diante de nós, e ao longo dela pontes passam; e dessas pontes nada quero, pois nelas não existe o nosso amor.

O caminho começou a ser percorrido por nós dois; mãos dadas, corações unidos e almas inseparáveis.

Então, apenas me siga, e não fuja;

Apenas me deixe te seguir, e não me abandone;

Apenas diga que me ama, e sinta o meu amor;

Apenas me sinta te amar, e meu coração minh’alma te entregar.

Você sabe que comigo vou sempre ter teu carinho, teus beijos, tuas palavras, teu amor... mesmo que apenas em lembranças, que meu coração chorando à minh’alma entregará. E ela, mais uma vez perdida, na dor do amor que novamente se vai, em sua busca estará.

E a mim apenas resta dizer: eu “num quidito.”

Eu “num quidito”, Sue;

“Num quidito” que vou te perder;

“Num quidito” que você queira se perder de mim;

“Num quidito” que você queira se perder de nós.

Balbueno
Enviado por Balbueno em 19/05/2007
Código do texto: T493126