DA VIRTUAL PLATÔNICA PAIXÃO
Incondicionalmente refém de um vazio nunca antes sentido, todas as vezes que não sou lido, comentado, curtido. Facebukiano remotamente assumido, no imaginário intenso incessante de confrontos, palavras, ou meros gestos simbólicos quaisquer. E lá estou, invariavelmente só, nas linhas, nas palavras, nas notícias – queria fosse nos poemas, sempre e só nos poemas. Perigosamente obcecado por platônicos pensamentos, quedo inerte, aguardando resposta daquilo que nunca disse, do poema incompleto, da reticência furtiva. E os dias se completam sem emendas, pontos ou vírgulas, um a um, num incansável rotineiro abismo de sensações...