SENTIMEMTO BLANDICIOSO.

 

 

 

 

                                                       Ao som de “Enya”, hoje eu desejo falar desse sentimento inexprimível, que vem transitando ultimamente de forma muito blandiciosa por nós.

O amor, Ó Senhora Minha Muito Amada, é um evento não-físico, e que pela sua natureza incorpórea não respeita fronteira, espaço e nem o tempo.

Esse substrato metafísico foi impresso em nosso inconsciente pelo Senhor Nosso Deus, é o que os teólogos chamam de imanência de Deus.

Imanência, Minha Linda Senhora, é a presença de Deus em nós, contudo não é a presença literal, mas sim a manifestação sublime do Logos em nosso ser:

“O reino de Deus está dentro de vós”. (segundo a religião)

Os psicólogos, os parapsicólogos, os psicanalistas e os metapsicólogos, definem essa presença como “Arquétipos” ou Janelas Killers, isto é, eventos gravados em nosso inconsciente. (segundo a ciência da Psique)

Querida amada, esse evento ao qual denominamos de amor e que é uma emanação da alma, não necessita do contato físico para manifestar-se.

Ele voa como flecha certeira ao seu alvo, o amor surge repentinamente assim como os vulcões nas cordilheiras, esparramando o seu magma quente sobre o seu objeto de escolha e preferido: O ser amado.

E como nós somos portadores desse substrato Divino ou Psíquico, nos amamos à distância com toda a intensidade.

Pois, o que nos acontece, trata-se de uma dádiva que Deus nos concede ou o resultado da evolução, a fim de que seus filhos sejam felizes e, com essa felicidade vivida, louvem e agradeça ao Senhor Criador de todo o universo.

Mas, também nada me impede de dizer que, “minha vida é a história de um inconsciente que se realizou, tudo o que nele repousa, aspira e torna-se acontecimento”. (Jung) E eu acrescento, e isso é muito bom para a economia psíquica.

Minha Linda Senhora Muito Amada, nós somos partículas vivas de Deus e estamos irremediavelmente cingidos pelo amor e pela vontade suprema Dele.

E esse amor também veio acontecer conosco.

Como isso veio acontecer?

Senhora Muito Amada, esta pergunta é irrespondível, pois se trata de uma vontade Divina e, como tal não nos cabe argüir, mas sim viver com sinceridade esse sentimento carinhoso que perpassa pelas nossas almas.

Somos peregrinos nesse vale de lágrimas.

E esse sentimento nos criou armadilhas, e assim, fomos levados pelo forte anseio e pelo evento do amor, digamos que houve uma identificação de almas. (psique)

De uma coisa eu tenho a certeza Minha Senhora Muito Amada, aquele sentimento que nós vivemos no passado, não era o verdadeiro sentimento do amor.

Alguma coisa faltou, é verdade, não percebemos e fomos levados assim como as águas da chuva levam os destroços das ruas.

Assim, ficamos impossibilitados de encontrar o verdadeiro amor e nos acomodamos em qualquer canto, assim que a tempestade amainou.

Agora, estamos em meio de uma nova tempestade, só que agora estamos maduros, mais equilibrados para enfrentarmos essa tempestade de amor que chove sobre nós constantemente.

Saberemos enfrentar e navegar com segurança essa agitação emocional que, para o nosso prazer, está se armando no mediterrâneo mais íntimo do nosso ser.

Amor, se tu me deixares eu navegarei os teus olhos com todo o carinho, e tu serás para mim uma nave segura, juntos enfrentaremos o mar da vida.

Este poema é dedicado inteiramente a minha “DOCE NAVE”.

Amo-te! Confesso!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 14/05/2007
Código do texto: T486943