Quietude da Lua
A mente não se aquietava!
O corpo caminhava lento por todos os espaços, subia e descia degraus sem ao menos notar as imperfeições, olhava o céu envolto em nuvens que de quando em quando deixava a mostra pequenas estrelas, pensava que um dia poderia ser, se não igual a elas, mas que pudesse propagar por terras distantes o brilho que mantinha delas.
E um dia entre os muros internos, e nos arredores de si mesma surgiu a lua, imantada não se mostrava mágica, mas juntava dentro de si, e num só invólucro todos os sabores, cheiros e gestos, conscientemente subiu os vários degraus, sentou-se no ultimo para melhor olhar aquela que inundava de lux não só a alma, mas agora também todo corpo reluzia, já não lhe parecia tão distante ou destoante o amado viajante que lhe trazia calmaria, então olhando o céu durante a madrugada, lacrou os olhos úmidos e adormeceu pela lux aquietada.