Pagã

Assim falarei ao vento errante
como a estátua nua pagã de frio mármore
Já desgastada pela força de um tornado
na tempestade que assolou toda a encosta.
mudando estarão suas paragens
cujo trocar de frases com os trovões da deusa,
na negra noite sua alma de pedra
se nega, a mostrar-se,
desaparecendo nas brumas.
E dando-se assim qual cortesã
violada qual bandeira rival
assimila e vai com suas vestes bandidas
ganhar o mundo em direção a tal encosta
e chegar à terra, onde farfalham os cedros !
Valdir Guimarães
Enviado por Valdir Guimarães em 11/02/2014
Reeditado em 04/01/2016
Código do texto: T4687439
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