Nova Era.

Ao olhar o céu, silencioso tanto quanto o próprio coração, percebeu que não havia mais motivos para insistir. Um peito sozinho dói menos que um peito cheio de esperanças vazias. Nada abalava mais sua solidão, muito menos sentimentos. E nem os anéis de saturno, muito menos o brilho de Vênus poderiam lhe tirar a tristeza contida daquele momento. Percebeu que a lua nunca teve luz própria, que tudo que acreditava realmente era uma ilusão. Um fato que não se muda, não se conserta. O equilíbrio não seria jamais privilégio para ela. Sendo assim, descobrir que a força que muda o universo muda também sua cabeça a fez menos perversa consigo mesma. Finalmente, com um peito cheio de dor, vazio de amor, mesmo assim, ela saberia andar sem tristezas. A dor era o silencio, o amor era a lembrança que se apaga todos os dias nos olhos dela. E por fim, o inicio de sua nova era.