Mar de hipocrisia

Estive nadando em hipocrisia,

dentro do sangue ao qual o meu corpo jorrava.

Olhe meu nariz, eu já soube empinar e, como soube!

Desfilei meu poder, o que não tinha, devo salientar.

Todos pareciam pequenos, enquanto eu sangrava.

Como não enxergar o vermelho rubor que me circundava?

Não sei, mas me afoguei.

Meu caráter encharcou-se de dor e quando abri os olhos,

ele já não estava aqui.

O que eu quis era desconhecido, talvez por isso, chutei

os que julguei atrapalhar-me.

Achei está sangrando os inimigos, aos quais não tinha.

Hipócrita, eu fui!

Nadei em um mar vermelho achando-me superior,

no entanto, não sabia que desaguara do meu próprio pavor.

E você? Será que não tem um barco parar emprestar?

Ou estará tão certo de uma verdade, ao qual você inventou?

Já perdi o sangue que pudera, mais um pouco eu posso morrer,

espero que não aconteça contigo, sejas lá quem for, ou o quê.

No entanto, todo esse sangue, não saiu apenas do meu corpo,

algo pode está errado, bom que saibamos agora,

pois cachoeiras poderão jorrar e esse temor, irá nos engolir.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 01/01/2014
Reeditado em 01/01/2014
Código do texto: T4632573
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